A Pressca é a invenção que nós tomadores de café estávamos esperando e o motivo disso é simples: podemos preparar nosso cafezinho de maneira muito simples e rápida em qualquer lugar. Basta adicionar água quente, seu café (ou chá) predileto, aguardar alguns minutos e pronto, você tem a sua bebida pronta. Disponível em sete cores e contando com um visual estiloso, a Pressca é versátil, leve e pode ser levado em qualquer lugar.
Ela pode ser levado na bolsa, tem 20cm de altura e capacidade para 350 mililitros. Para falar um pouco mais sobre esse produto quase milagroso, a equipe do Grão Gourmet bateu um papo bem legal com o criador da Pressca, Gerson Prates Amaro, que nos contou sobre sua criação e também sobre sua paixão pelo café. Confira:
: Primeiramente, de onde veio sua paixão pelo café?
GPA: Sou um gaúcho que nasceu em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul, em Santana do Livramento. Hoje moro em Garopaba, litoral sul de Santa Catarina. Há pelo menos 25 anos atrás comecei a me apaixonar pelo café. No início dos anos 90 eu trabalhava para uma empresa de tecnologia para indústria de moda, precisamente para calçados. Por causa do trabalho, acabei viajando muito para a região da Escandinávia, países em que as pessoas bebem muito café. Nesses locais eles reconheciam o Brasil como o país do café. Nesse vai e volta de viagens, acabei me apaixonando pela bebida e por toda sua história e cultura.
: E chimarrão, você gosta também?
GPA: O chimarrão foi uma paixão tardia, mas como bom gaúcho, admiro muito a bebida e respeito muito a cultura e a tradição dela.
: Voltando ao café, foi ai que começou a trabalhar com esse mercado?
GPA: Sim. Comecei a estudar muito sobre o tema. Quando parei com as viagens para essa empresa que trabalhava, já estava inserido nessa cultura. Minha primeira experiência nesse ramo foi quando comecei a fabricar máquinas de café ou vending machines. Era uma tecnologia difícil para se conseguir no Brasil, então comecei a produzir aqui. Se não fui o primeiro, eu fui um dos primeiros que fabricavam essa tecnologia no país. Essa foi o início da minha imersão no mundo do café.
: De onde veio a inspiração para a criação da Pressca?
GPA: A Pressca nasceu das minhas andanças durante muitas experiências profissionais do meu próprio negócio, onde trabalhei como gerente comercial de uma empresa de café. Nasceu de andar pelo Brasil e as vezes não se achar um café de qualidade para se tomar, principalmente em estradas pelo país. Sempre pensei em criar alguma coisa que me permita assumir essa responsabilidade de preparar o meu próprio café e de tomar um café de qualidade. Foi assim que nasceu a Pressca. De não precisar tomar café requentado e de não tomar esses cafés vendidos de péssima qualidade.
: Como foi o momento exato em que você teve a ideia da Pressca?
GPA: Eu tive uma experiência a muitos anos atrás quando descobri as prensas francesas. Eu trazia isso para o Brasil, pois era muito difícil achar aqui. Eu as colocava na mala com o maior cuidado, pois eram frágeis. E depois de um tempo de uso, o vidro acabava trincando por algum motivo. Então influenciado por isso, começou a fluir em meus pensamentos esse conceito de criar esse objeto prático e simples, difícil de quebrar, que fosse possível fazer um bom café em qualquer lugar onde vou. Foi assim que quis botar isso em prática.
: Explique com suas palavras o que é a Pressca.
GPA: A Pressca além de uma cafeteira, também é um infusor de chá e uma saborizador de águas que você possa levar isso em todos os lugares e possa tomar o café do seu gosto. Ela é fácil de carregar, de passar pela alfandega e você pode fazer a bebida da matéria prima de qualquer lugar que você encontrar. Ela é adequada tanto para o uso profissional e pessoal. Ela tem 20cm de altura e cabe até 400ml de café/chá. Isso me dá muito orgulho em termos de possibilidade e de custo benefício.
: Qual é a vantagem do mecanismo da Pressca?
GPA: Ela é uma cafeteira que permite fazer no mínimo 10 experiências diferentes de preparar um café. Se pensar no preparo do chá, isso sobe a conta. É um laboratório para o tomador de café. Se mudar o grão, a bebida vai ser diferente. Permite tanto fazer um preparo de café a partir de um sistema de infusão (desenvolvido a partir da prensa francesa) mas também me permite em um sistema de filtragem. Também me permite fazer em um processo de aceleração da filtragem. Cada um desses processos vai me dar uma bebida diferente. Se eu mudar o sistema de filtragem, também muda o gosto. Podemos preparar o café usando um papel para filtrar. E outro aspecto é que não preciso ter uma moagem especifica para o preparo na Pressca. Se eu estiver em uma cafeteria e queira usar a mesma moagem usada pelo café expresso, eu posso usar isso na cafeteira, pois ela traz essa recurso.
: Você teve alguma dificuldade com o processo de criação?
GPA: Algumas indústrias me falaram que a Pressca não ia dar certo por causa do mercado, que hoje é guiado pelas cápsulas de café. Eu contrariava essa opinião. Nossa cultura sobre o café é grandiosa, nossa produção, nosso histórico. Temos no Brasil pelo menos 1 milhão de possibilidades de tomar cafés diferentes. Isso é riquíssimo. Nem em uma vida vamos experimentar tudo isso. Então fui insistindo nessa ideia e a Naxos felizmente compreendeu e o resto é história.
: Depois que teve a ideia, para quem você contou primeiro?
GPA: A primeira pessoa que contei a ideia foi para a minha esposa. Eu disse a ela que ia fazer uma cafeteira e expliquei o conceito. Executei o processo e montei o protótipo. Alguns dias depois eu trouxe uma xicara de café para ela e contei que fiz aquele cafezinho pela cafeteira que eu disse que ia criar. Ela ficou surpresa (risos). Ai expliquei todo o processo pra ela. Eu tenho esse modelo guardado até hoje.
: Quanto tempo levou para ficar pronta?
GPA: Da minha parte como inventor ficou pronta em 15 dias, onde saiu o primeiro protótipo. Depois que encontrei a Naxos, do meu protótipo, até o processo de produção e até a chegada no mercado foram 3 anos e meio.
: O conceito da Pressca também pode ser visto como sustentável?
GPA: Sim. Por exemplo, essa cafeteria vai poder economizar muito. Ao invés de três, quatro equipamentos, você tem um, que já serve para várias funções. Com 10 gramas de pó de café você pode preparar um cafezinho satisfatório, também economizando nesse aspecto. Na parte de limpeza, você não precisa usar a água para fazer um novo café. Você consegue retirar a borra intacta da Pressca e jogar, por exemplo, em um vaso de planta para combater os mosquitos da dengue ou pra adubar o vaso de plantas. A grade de metal da cafeteira também substitui o filtro de papel. Essas eram preocupações minhas que coloquei na criação do produto.
: Você diz que é um ativista do café. Explique isso um pouco?
GPA: Eu sou um ativista social. Eu tenho meu próprio negócio que desenvolvi na área de café para sustentar a minha vida pessoal, mas atuo muito pelo social. Eu faço meu ativismo pela proteção dos animais e também pelo café. Minha paixão pela bebida me faz ser um ativista pelo simples motivo que as pessoas não sabem o que é tomar um bom cafezinho no Brasil. Para a maioria, o melhor é o mais barato ofertado nos grandes supermercados. Poucos tem conhecimento mínimo do que estão tomando. Isso não deveria ser assim. Existe um mundo inteiro de café, até pela importância do café em nossa história e cultura. Então a ideia da Pressca também vem disso, onde pode despertar nas pessoas uma experiência de tomar café totalmente nova, onde ela mesmo pode moer, escolher, fazer o próprio café dela, escolhida por ela.
: Como está sendo a recepção do lançamento da Pressca? Na sua opinião, qual o motivo do sucesso do produto?
GPA: Os consumidores estão maravilhados, por qualquer um poder fazer o café, pelo visual, pelo conceito. O que tenho visto, pelos contatos, por experiências pessoais, as pessoas ficam maravilhadas com o preparo da bebida ali, na frente delas. Temos ido em palestras e encontros para mostrar o produto. Até as crianças, pelo lado lúdico, ficam interessadas na experiência de ver o cafezinho sendo feito ali na hora. A receptividade não podia ser melhor e tem me deixado muito feliz.
: Agora a última pergunta, qual é o melhor café que você já tomou na vida?
GPA: O melhor café que já provei é sempre o próximo que vou tomar. Minha esperança é que o próximo vai ser melhor do que esse que já provei. Assim eu fico sempre motivado para procurar um novo café.
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Ansioso esperando a minha Pressca chegar.
adorei a entrevista, parabéns pelo site.
Muito obrigada Tiago! Já já a sua Pressca chega e você vai poder desfrutar dela 😉 Um abraço, Renata
Ganhei uma presca de um cliente amigo uma pessoa iluminada.Levei para casa e preparei um ótimo café saboreie com minha esposa foi muito bom.Parabéns a Gerson Amaro Prates obrigado.
Muito legal não é Adair?! Fico feliz que tenha gostado 😉 Um abraço, Renata
Esse cara deveria ter uma estátua, desenvolveu um equipamento fantástico, um dos métodos preferidos.
Verdade 😉
Parabéns pela criação da Pressca. Uma cafeteira simples e prática. Muito fácil de usar.