Por Lucas Tavares
Tá vendo esta webcam aí em seu notebook ou aquela em cima de seu monitor? Se arrisca a dizer como esta poderosa ferramenta de comunicação foi inventada? Se você chutou espionagem governamental, projetos científicos complexos ou mesmo segurança de alguma nação, passou bem longe. Na realidade, a webcam só foi criada para que um grupo de estudantes ingleses soubesse exatamente quando seu café ficasse pronto. Simples assim.
Se você ainda não entendeu, a gente explica. Em 1991, quando a internet dava apenas seus primeiros passos, os doutores Quentin Stafford-Fraser e Paul Jardetzky (na época, apenas estudantes da Universidade de Cambridge) possuíam apenas uma cafeteira em todo o complexo laboratorial e ela ficava bem longe de onde trabalhavam. Encontrar café fresco era uma tarefa impossível para eles: quando chegavam, já não havia mais nada.
Para chegar ao equipamento antes do líquido acabar, esse coffee lovers criaram a chamada XCoffee, o que pode ser considerada a primeira webcam de todo o mundo. Os estudantes colocaram uma câmera apontada para a cafeteira, que era transmitida quase que ao vivo e diretamente ao laboratório dos nerds – algo bem parecido com o nosso atual streaming: “A imagem era atualizada apenas de 3 em 3 minutos, mas era ótimo pois a jarra enchia devagar”, conta o próprio Quentin no site da Universidade.
Apesar de participar de diversos projetos relacionadas à tecnologia e à própria internet, Quentin confessa que a XCoffee “foi de longe a coisa mais útil que eu criei enquanto trabalhava com redes”, diz. Afinal, além de garantir café fresco e quentinho todos os dias, ele acabou inventando a câmera que quase todo mundo usa para diversos fins.
Após ser transmitido para outras pessoas através da web, o projeto da XCoffee foi encerrado em meados de 2001. A famosa cafeteira foi até leiloada por cerca de R$ 10 mil reais – mas com certeza sua história vale muito mais que isso!
Imagens: Commons Wikimedia / Digital Archaeology
Muito interessante.
Interessante, né? Que bom que gostou!
Bom conteúdo.
Oi Tomas, obrigada pelo comentário. Um abraço, Renata